quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

REDENÇÃO...

Após 23 anos de ausência na Libertadores, o Fluminense, na altitude de Quito, empatou em zero a zero com a LDU. Com defesas simplesmente sensacionais, Fernando Henrique alcança a redenção. Desprestigiado de todas as formas por seu clube através de especulações das mais diversas em torno da contratação de outro goleiro para o seu lugar, execrado por sua torcida, Fernando Henrique deu uma bela demonstração de que não está abaixo da média da maioria dos goleiros que atuam no Brasil. Foi bonito de ver.
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Redenção segundo o Dicionário Aurélio: Ato ou efeito de remir ou redimir; Ajuda ou recurso capaz de livrar alguém de situação aflitiva ou perigosa; A salvação oferecida por Jesus Cristo na cruz, com ênfase no aspecto de libertação da escravidão do pecado.
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Na minha opinião, sempre quando acontece um dos muitos episódios de redenção dentro dos gramados, o futebol se manifesta como metáfora da vida da maneira mais bela e expressiva.
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Quem vai se esquecer do UH UH UH, ME PERDOA GABIRU, cantado em uníssono pela torcida do Internacional em homenagem a Adriano Gabiru, autor do gol do Título Mundial Colorado, na volta do time do Japão ? Adriano era odiado pela torcida colorada...
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E quem esquece dos guerreiros botafoguenses, que venceram bravamente um time do Flamengo que era uma verdadeira seleção, na final do Carioca de 89, livrando o clube alvi-negro de um jejum de 21 anos sem títulos?
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E o Joel Santana, que milagrosamente livrou o Flamengo da segundona em 2005, quando o clube estava virtualmente rebaixado. Quando Joel assumiu o time na reta final do campeonato, muita gente boa profetizou:
-Agora que cai mesmo!- Eu fui um deles...
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Alguém aí por acaso, se esqueceu do Rodrigo Mendes e sua “bomba santa,” na final do carioca de 99 contra o Vasco, abrindo caminho para o Tricampeonato Rubro-negro e o Tri-vice cruzmaltino? Quero ver quem é o flamenguista cara-de-pau que vai dizer que gostava do Rodrigo Mendes antes disso!
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E qual vascaíno esquece do Bi-campeonato estadual de 87-88 com sabor de Cocada? Condenado ao ostracismo, ou no máximo a ser a ser lembrado como o irmão do Müller, Cocada entrou no jogo e na história do Clássico dos Milhões aos 41 do 2° tempo, fez o gol do título aos 44 e foi expulso aos 45!
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E da “Era Dunga”, quem se esqueceu? O atual técnico da seleção deve ter sido o jogador mais estigmatizado da história recente do futebol brasileiro, para depois levantar a taça do tetra como capitão da seleção...
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E do lendário gol de barriga de Renato Gaúcho, levando um desacreditado Fluminense ao título do carioca de 95 ganho em cima do Flamengo no ano de seu centenário. Quero saber qual o tricolor que se esquece?
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Será que o lado azul de Porto Alegre se esquece do redentor gol de Ânderson na emocionante “Batalha dos Aflitos”?
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E quem um dia vai esquecer do outrora execrado Obina, que hoje é melhor que o Eto'o?
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Ninguém esquece...
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Redenção...

5 comentários:

Anônimo disse...

esse cara, logo que apareceu parecia que iria ser mais um grande goleiro do futebol brasileiro, mas com o tempo vieram falhas seguidas e muita desconfiança.
esse ano vem sendo humilhado nas laranjeiras, e deve ter calado a boca de muita gente ontem, pois se não fosse ele o fluminense se complicaria.

Anônimo disse...

Fala Rod!
Bem...é a primeira vez que estou entrando aqui no seu FAIRPLAY...
Achei muito bacana, amigo...na verdade, estou quase sem tempo praaprticipar de mais blogs...pq além do meu, jávisito e comenta mais uns 8...mas darei uma solução e procurei aparecer sempre que der.
Continue escrecendo...vc é bom!
Abração!
Cal

Anônimo disse...

Desculpe os erros aí...meu teclado tá igual a defesa do Vasco... :o(

Anônimo disse...

Valeu Cal,
Que barato encontrar você por aqui.
Volte sempre.

Anônimo disse...

Lindo texto, molina