sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A LUTA CONTRA OS JOGOS NA ALTITUDE CONTINUA


O Presidente do Flamengo, Marcio Braga, também representando São Paulo, Cruzeiro e Fluminense, esteve reunido ontem na sede da FIFA com o Presidente Joseph Blatter para discutir os problemas dos jogos em altitude extrema, acima dos 2750 metros.

Blatter finalmente afirmou não haver diferença entre os atletas de seleções e de clubes e prometeu se empenhar para que a determinação da entidade proibindo jogos acima dos 2750 metros para as eliminatórias da Copa do Mundo, passem a valer também para as competições interclubes. Afirmou ainda, que a opinião médica deveria prevalecer.

Além de Marcio Braga e Joseph Blatter, participaram da reunião o advogado do Flamengo, Pedro Trengrouse, e o Secretário Geral da entidade, Jerome Valcke. Marcio Braga também se reuniu com o diretor jurídico da FIFA, Marco Villiger.

Flamengo, São Paulo, Cruzeiro e Fluminense movem ação no Tribunal Arbitral do Esporte(TAS), em Lausanne, contra os jogos realizados em tais condiçoes. A ação será apreciada no próximo mês.

KAKÁ RENOVA COM O MILAN ATÉ 2013 E SE TORNA O JOGADOR MAIS BEM PAGO DO MUNDO


Através de comunicado oficial em seu site, o Milan anunciou que renovou o contrato de Kaká, garantindo a permanência do craque por mais 5 anos: "O A.C.Milan comunica a prorrogação do contrato que liga o jogador Ricardo Izecson dos Santos Leite, Kaká, à sociedade rossonera até 30 de junho de 2013." Pelo novo acordo, Kaká passa a ser o jogador com o maior salário do futebol mundial, recebendo 9 milhões de euros anuais, superando Ronaldinho Gaúcho que ganha 8,89 milhões, segundo o site português Futebol Finance.
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Apesar dos valores astronômicos do novo contrato, a verdade é que só representam cerca de 30% de seus ganhos. A grande parte, é fruto de seus contratos publicitários, ainda que o clube milanês tenha direito a um percentual dos mesmos. É certo que o clube, através da exploração da valiosa imagem do jogador, obtém um lucro muito maior do que os valores investidos em sua remuneração.
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O vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, comentou após a assinatura com Kaká: "Ricky declarou repetidamente que quer se tornar um símbolo desta equipe: e ele é, é o maior jogador do mundo, decidiu ligar-se definitivamente às cores rossoneras. Este é o contrato da sua vida, eu espero que em 2013 possamos fazer um outro contrato, mas esta é a 'prova provada' de que Kaká permanecerá por toda a sua carreira deliciando os nossos torcedores. É uma belíssima notícia para todos nós torcedores rossoneri."
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Kaká é considerado no clube, como um símbolo do jogo praticado pelo Milan de Silvio Berlusconi.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A GRANDE QUARTA-FEIRA

Mesmo se apresentando mal, o Flamengo fez seu dever de casa e venceu o Cienciano por 2 a 1 no Maracanã. O time peruano, muito bem armado pelo técnico Franco Navarro, por pouco não foi bem sucedido em seu propósito de voltar com um empate para Cuzco.

O jogo começou com domínio total do Flamengo, que não ameaçava de maneira efetiva a meta do goleiro Flores. Marcando ainda no campo de ataque, o Flamengo dificultava em muito a saída de bola do Cienciano.

Durante quase todo o 1°tempo, o Flamengo se absteve de usar sua principal arma, seus laterais, e insistia em afunilar o jogo pelo meio. O técnico Franco Navarro, inteligentemente, posicionou o jogador Chiroque nas costas de Léo Moura. E foi Chiroque que quase abriu o placar aos 27, não fosse excelente defesa de Bruno, na única chance concreta de gol na partida até então.

O meio de campo rubro-negro pouco criava, até Toró descobrir Souza livre na entrada da área aos 37 minutos. O centroavante recebeu o passe preciso, penetrou na área e fuzilou as redes peruanas sem chances para Flores. Flamengo 1 a 0.

A alegria durou 8 minutos. Aos 45 do 1°tempo Chiroque cruza da ponta esquerda e um Bruno hesitante na saída do gol, fica pelo meio do caminho deixando sua meta livre para o centroavante Vassalo empatar. Uma ducha fria na torcida rubro-negra.

O segundo tempo começa com Toró quase ampliando o placar após tabela com Souza, e com uma boa defesa de Bruno logo aos 2 minutos em chute do japonês Sawa.

Aos 6 minutos Diego Tardelli emenda de letra um cruzamento de Juan, acertando a trave do goleiro Flores.

Com 21 minutos do 2°tempo, Joel resolve mexer no time, substituindo Toró por Marcinho e Diego Tardelli por Obina. Logo depois, aos 24, Sawa dá lindo passe à Garcia, que cruza para Vassalo marcar novamente. O árbitro, de maneira equivocada, aponta o impedimento. Sorte do Flamengo. Talvez para compensar, não marcou pênalti aos 34, quando Vassalo socou a bola dentro da área, impedindo o cabeceio de Souza.

Aos 37, Obina de longe, quase empata com uma cabeçada que passou rente à trave.

Jônatas chegou a entrar no lugar de Kleberson aos 39. Quando tudo parecia caminhar para um frustrante empate, Jônatas, com um belo passe, inicia a jogada em que Marcinho aproveitando a indecisão da zaga peruana, passa por Flores e empurra a bola para às redes com o gol livre, aos 44 do 2°tempo.

Fim de jogo e vitória do Flamengo por 2 a 1.

Destaque do Flamengo: Souza, o melhor em campo. O centroavante do Flamengo atingiu uma regularidade em suas atuações, como poucos atacantes em atividade no Brasil. Ontem se movimentou muito bem, buscou jogo e fez um belo gol. O ponto negativo fica por conta da provocação desnecessária ao Botafogo e a sua torcida. É melhor deixar isso para a galera nas arquibancadas, Souza!

Um empate em casa com o Cienciano, deixaria o Flamengo em posição delicada em sua chave. Ao contrário dos últimos jogos, o Flamengo não apresentou o mesmo vigor físico na etapa final como aconteceu contra Vasco e Botafogo, talvez em virtude do desgaste físico e emocional decorrente destas duas partidas decisivas contra seus rivais locais. Longe de ser um grande time, o Cienciano também não é, absolutamente, nenhuma baba. Tem esquema e padrão tático bem definidos. Três zagueiros, dois alas, e um ataque muito perigoso com o habilidoso Sawa e o centroavante Vassalo. Acredito ser o Cienciano o principal adversário do Flamengo na chave, e não o Nacional de Montevidéu. Aposto em Flamengo e Cienciano avançando para a próxima fase da competição. O time peruano promete ser um osso duro de roer para o Flamengo na altitude de Cuzco.
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Também pela Libertadores, o São Paulo após começar perdendo do Nacional em Medellín com um gol logo aos 8 minutos da etapa inicial, empatou o jogo com o bom zagueiro Miranda marcando aos 32. Segurou o empate até o final e volta para casa com um pontinho precioso. Seria um jogo encardido para sua estréia na competição, mesmo que o time de Muricy apresentasse a evolução tão esperada pela torcida tricolor, o que ainda não aconteceu nesta temporada.
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Pela Copa do Brasil, o Vasco venceu o Itabaiana por 3 a 2 na partida de volta em São Januário e avançou à próxima fase. Gols de Alan Kardec, Edmundo e Jorge Luís, com Fabiano marcando os dois gols do visitante.

E o Botafogo também avançou de fase ao vencer o Rio Branco no Acre por 3 a 1, dispensando a partida de volta. Gols: Wellington Paulista(2) e Zé Carlos para o Botafogo, com Marcelo Brás descontando para o Rio Branco.
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Nesta quarta-feira, Leandro Amaral levou o castigo merecido por tanta ingratidão ao longo de sua carreira. Acostumado a abandonar o lugar aonde é bem acolhido, teve seu contrato com o Fluminense anulado por sentença da Justiça Trabalhista, em processo movido contra o Vasco. Bem feito. Que sirva de exemplo para outros e que a Justiça mantenha sua posição. Cabe recurso ao jogador, que provavelmente vai apelar. Por enquanto, Leandro Amaral tem contrato em vigor com o Vasco.

A ingratidão é um dos piores defeitos do ser humano.

Para completar sua quarta-feira de inferno astral, o atacante ainda foi indiciado por difamação contra o seu ex-procurador, pelo Delegado da 16ªDelegacia de Polícia do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

EU BEBO SIM, E ESTOU VIVENDO...TEM GENTE QUE NÃO BEBE E ESTÁ MORRENDO, EU BEBO SIM...

Já que o papo dos últimos 2 posts girou em torno do futebol inglês, aproveito para também postar esta foto hilária. No último domingo, o Tottenham Hotspurs bateu o Chelsea por 2 a 1 na final da Copa da Liga Inglesa, quebrando um jejum de nove anos sem títulos. A torcida enlouqueceu. Vencer o poderoso Chelsea numa final em Wembley não é pouco. A festança dos jogadores do Tottenham também não deixou por menos. O capitão do time, Ledley King(na foto de camisa branca), foi expulso da boate onde os jogadores comemoravam o título, devido ao seu estado etílico e ao quiprocó que arrumou no recinto. Observem o estado da criança...hehehe.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

INVASÃO INGLESA


Não é de hoje, que grandes clubes europeus almejam expandir seus domínios para fora do velho continente. Ano após ano, crescem cada vez mais o número de fã-clubes e torcedores organizados de clubes como o Real Madrid e o Manchester United em países por todo o mundo. Não é à toa, que tanto o clube espanhol quanto o inglês, normalmente escolhem países asiáticos para realizarem suas pré-temporadas. Carentes de um futebol local de melhor qualidade, os torcedores asiáticos são consumidores vorazes de produtos licenciados destes grandes clubes, que por sua vez, não hesitam em divulgar suas marcas através de um marketing agressivo por aqueles lados.

Atenta ao mercado da bola, a Premier League, que hoje sem dúvidas realiza o maior campeonato nacional de clubes do planeta, deseja acrescentar à partir de 2010, uma rodada a mais em sua competição, que então passaria a ter 39 rodadas. A novidade fica por conta de que esta rodada seria realizada fora da Europa. O "Extra-round"seria composto por 10 jogos, realizados em cidades como Hong Kong, Pequim, Los Angeles, Nova York, Singapura, Sydney, Johannesburgo e Dubai. É obvio que os tradicionalistas vão gritar-e já estão gritando-, mas dada a tamanha visibilidade alcançada pelo campeonato inglês, e vendo pelo lado comercial da coisa, a idéia é genial. É certeza de estádios lotados e estupenda divulgação da marca dos clubes em mercados alternativos, sem falar na venda dos direitos televisivos para o próprio Reino Unido. Há muito que o futebol jogado na terra da rainha, deixou de ser baseado no previsível “chuveirinho na área”. Hoje, os clubes ingleses possuem grandes craques do futebol internacional, e a realização das partidas proporciona um entretenimento da melhor qualidade para os amantes do velho esporte bretão. Nada mais natural que os ingleses, já com a fantástica experiência de grandes lucros gerados com o consumo nos estádios em dias de jogos, e com o milionário retorno conseguido com o licenciamento dos direitos de transmissão das imagens das partidas, despertassem seu interesse por abocanhar consumidores no mercado exterior.

A Dona FIFA, política como ela só, já se manifestou contra através de seu presidente, Joseph Blatter, que afirmou não ver com simpatia a idéia. Provavelmente para não melindrar a Federação Asiática e a Australiana, que não se mostraram favoráveis aos objetivos ingleses. É compreensível que não queiram que seus campeonatos locais, passem a dividir espaço e atenção com a tão badalada Premier League. Já na América do Norte, a coisa gira entre o interesse manifesto de alguns, e a cautela da US SOCCER, a federação local. Blatter chegou até a afirmar que a questão poderia colocar em risco a candidatura da Inglaterra para sede da Copa do Mundo de 2018.

Os principais dirigentes do futebol inglês, Richard Scudamore, chefe-executivo da Premier League, e David Triesman, presidente da federação inglesa, fariam uma visita à FIFA para expor com detalhes a idéia, mas diante da resistência de Joseph Blatter, decidiram adiar o encontro para desenvolver melhor seu plano de ação. Através de um comunicado oficial, anunciaram que a Premier League tem discutido seu desenvolvimento estratégico global com diversos profissionais do mundo do futebol. Tendo em vista estas discussões, consideraram a necessidade de conduzir maiores estudos internos e consultas antes de ouvir os conselhos da FIFA e das confederações-chave.

Os ambiciosos planos da Premier League, pelo menos por enquanto, estão engavetados.
Só com a venda dos direitos televisivos, estima-se que a Liga poderia arrecadar cerca de 240 milhões de euros, com cada clube arrecadando em torno de 5 milhões. Isso tudo só por uma simples rodada. É, meus amigos, nós brasileiros, estamos mesmo ainda na idade da pedra do marketing esportivo.

COVARDIA


O que leva um jogador de futebol a usar de um artifício covarde como esta entrada(foto) dada pelo zagueiro Martin Taylor do Birmingham, no brasileiro naturalizado croata Eduardo da Silva do Arsenal no último domingo? Vale lembrar, que o lance ocorreu ainda na intermediária e com apenas três minutos de partida realizada. A impressão que fica, é que um sujeito desses já entra em campo disposto a agredir um colega de profissão. Coisa de psicopata.

Eduardo não joga mais na temporada. Logo agora, que o garoto que fora descoberto num campeonato de times de favelas do Rio de Janeiro, se firmava como titular em um dos clubes mais importantes da milionária Premier League. Uma pena. A lesão foi tão séria, que Eduardo correu o risco de ter seu pé esquerdo amputado. Segundo o médico do Arsenal Tim Allardyce, numa fratura como esta, a circulação fica seriamente prejudicada, e se a cirurgia não fosse feita rapidamente, a amputação ficaria como única alternativa. Eduardo levará pelo menos nove meses se recuperando. Além da fratura dupla na perna esquerda, foram afetados tendões e ligamentos do tornozelo. Nem assim guarda rancor de Martin Taylor. Eduardo afirmou "que o perdoa, pois estas coisas acontecem". Um exemplo de grandeza. Só acho que a tão poderosa Premier League, que nunca esteve em tamanha evidência, não deve ter a mesma compaixão de Eduardo. A liga Inglesa está tendo uma bela oportunidade de aplicar uma punição severa à Martin Taylor. Uma pena dura, que além do caráter punitivo, venha a servir como fator inibitório para facínoras como este pensarem duas vezes antes de aplicarem um carrinho criminoso como o que vitimou Eduardo.
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No post “TAÇA GUANABARA”, elogiei o zagueiro argentino Ferrero do Botafogo. No 2ºtempo da final de domingo contra o Flamengo, Ferrero deu uma entrada em Cristian muito parecida com a de Martin Taylor. E, pasmem, no campo de ataque. O árbitro sequer marcou a falta. As conseqüências para Cristian só não foram as mesmas que para Eduardo, porque não estava com a perna fixa ao solo. Mesmo assim, Cristian não ficou livre de hematomas e de um pequeno afundamento na região.

Desconfio que me enganei com Ferrero. No jogo de domingo, se mostrou lento e pesado. Além do carrinho torpe em Cristian, foi o autor do pênalti acintoso em Fabio Luciano e foi driblado com facilidade por Léo Moura no lance que resultou no gol de Diego Tardelli.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

RIPPLE

Rock, folk, bluegrass e psicodelismo se mesclam na música do Grateful Dead de Jerry Garcia, um dos artistas mais carismáticos da história do rock n' roll.

Formado em 1965, em São Francisco na Califórnia, o Grateful Dead em seu início, não conseguia reproduzir em estúdio toda a pegada de suas lisérgicas apresentações ao vivo, normalmente recheadas de muitas improvisações, espontaneidade e experimentalismo.

Desde cedo, estiveram ligados ao movimento hippie, e durante toda a sua trajetória o grupo manteve a fidelidade de seus maiores admiradores, os Dead Heads, que os acompanhavam por todos os shows que faziam pela América do Norte.

Saudades de uma época que não vivi.

Apesar de não emplacar grandes hits, a banda tinha enorme popularidade e permaneceu em atividade por 30 anos, até Jerry Garcia falecer vítima de um ataque cardíaco em 1995.

Vasculho o YouTube de cabo a rabo. Adoro. Por diversas vezes, encontro por lá muitos vídeos que apesar do amadorismo evidente, são ao mesmo tempo carregados de arte, poesia e bom gosto. É o caso deste, que trago ao FAIR PLAY. Filmado nas ruas da cidade de Boulder no estado do Colorado nos Estados Unidos, o vídeo mostra um artista de rua chamado Mark Flynn, numa performance com o clássico Ripple, de um dos melhores álbuns do Grateful Dead: American Beauty, de 1970.

Thank you, Mark. Jerry would be proud.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

FLAMENGO BI-CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA

Com cerca de 84 mil torcedores presentes, o Flamengo venceu de virada o Botafogo por 2 a 1 e conquistou o Bi-campeonato da Taça Guanabara, se classificando para a final do campeonato carioca. Mais uma vez, a massa rubro-negra dominou cerca de 70% das dependências do Maracanã.

O Botafogo equilibrou o 1°tempo na base da vontade e através da organização tática imposta por Cuca, que optou pelo 3-6-1, deixando somente Wellington Paullista no ataque.

Em grande jogada aos 27 minutos, Wellington Paulista fez um belíssimo gol, num misto de raça e técnica se livrando de três defensores rubro-negros e chutando cruzado sem chances para Bruno. Botafogo 1 a 0. Foram poucas as chances de perigo na 1ª etapa.

No 2°tempo, Joel substituiu Jaílton por Kleberson - que entrou bem na partida -, e Marcinho por Obina. O Flamengo se mostrava disposto a reverter o placar e tomou por completo o domínio do jogo. A partir daí, o Botafogo limitou-se a tentar segurar o resultado.

Aos 15 minutos, Ferrero agarra Fábio Luciano pela camisa dentro da área e o juiz aponta o pênalti. Após muitas reclamações, Ferrero e Lucio Flavio recebem o cartão amarelo.

Ibson cobra o pênalti e empata o jogo. Souza foi impedido de pegar a bola nas redes por Castillo - nitidamente para retardar a saída de bola - e a confusão se estabeleceu. Souza recebe o cartão vermelho injustamente. Zé Carlos também é expulso injustamente para compensar. Castillo escapa da punição.

O 2° tempo seguiu com amplo domínio do Flamengo. As substituições de Joel surtiram efeito. Aos 27 minutos, Lucio Flavio foi punido com o segundo cartão amarelo e consequentemente o vermelho, pelo anti-jogo ao fazer uma falta em Juan por trás, impedindo o contra-ataque do Flamengo.

Com um a mais, Joel fez mais uma substituição providencial, colocando Diego Tardelli no lugar de Toró aos 38 da etapa final.

O árbitro determina 5 minutos de acréscimos. Aos 46 minutos, após receber lançamento longo de Ronaldo Angelim, Kleberson toca à Léo Moura, que faz grande jogada pela direita driblando Ferrero com facilidade e passa à Diego Tardelli. O atacante, com grande categoria, acerta um chute colocado encobrindo Castillo. Golaço.

No último lance da partida aos 50 minutos, após cobrança de falta, Edson cabeceou uma bola na trave de Bruno. Logo em seguida, Marcelo de Lima Henrique apita o final da partida e o Flamengo conquista o Bi-campeonato da Taça Guanabara, podendo se dar ao luxo de priorizar a Libertadores da América durante a Taça Rio.

Vitória mais do que merecida. Os jogadores botafoguenses foram guerreiros, Cuca armou o time com o melhor que dispunha, mas o Flamengo se impôs no segundo tempo e terminou com a vitória numa partida em que, mais uma vez, demonstrou ter o elenco mais equilibrado dentre os times cariocas.

Me recuso a comentar a patética entrevista coletiva do Presidente Bebeto de Freitas após o jogo. Patética e digna de pena. Estranho foi ver o competente Cuca embarcar na mesma ladaínha. Deixo aqui meus parabéns aos atletas botafoguenses, que demonstraram ter brios - muito mais do que outros que deixaram o clube - e lutaram do início ao fim.
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Parabéns ao Clube de Regatas do Flamengo e principalmente a nação rubro-negra, que assim como seu time em campo, dominou a maior parte das arquibancadas.

Destaque do Botafogo: Wellington Paulista.
Destaques do Flamengo: Léo Moura, Kleberson e Diego Tardelli.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

VAN BASTEN ASSUME O AJAX

Tão poderoso noutros tempos, e renegado a um papel de coadjuvante no cenário do futebol europeu -e do próprio futebol holandês- há pelo menos 10 anos, o Ajax de Amsterdã aposta nos nomes de velhos ídolos em busca de seu soerguimento. O clube holandês contará com a ajuda do maior jogador da história do país, Johan Cruyff.

Cruyff terá como missão, chefiar toda a reestruturação do departamento de futebol e levar o clube de volta à vanguarda do futebol europeu. Formador de grandes talentos, o Ajax de Amsterdã ostenta em sua galeria de títulos, nada menos do que 2 Mundiais de Clubes(1972/1995) e 4 títulos da Champions League(1971/1972/1973/1995).

Quem assume o comando técnico do clube é Marco Van Basten, um dos maiores centroavantes que o mundo já viu. Após treinar a seleção holandesa na temporada 2004-2005, Van Basten assume o Ajax trazendo como seus auxiliares, os também ex-jogadores do clube, Rob Witschge e John van't Schip. O acordo com a nova comissão técnica vale pelas próximas quatro temporadas.

O diretor técnico do clube, Martin van Geel, afirmou estar muito satisfeito, pois considera que os 3 integrantes da nova comissão técnica são treinadores ambiciosos, que trazem consigo grande experiência como jogadores internacionais, e o mais importante: Com passado e identificação com o Ajax.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

BÚZIOS

Foto de Evaldo Henrique. Praia de Geribá, Búzios/RJ. Uma imagem que vale mais do que mil palavras...

BOMBA-RELÓGIO

Era só uma questão de tempo, ou alguém pensava que seria diferente? Edmundo sempre foi uma atração à parte, tanto por seu maravilhoso futebol, como por seu temperamento explosivo. Acontece que o futebol de exceção do Edmundo, aquele de 97, há muito que não é visto. Já seu temperamento explosivo, está sempre presente. E como está.

Após se mostrar contrariado com as orientações táticas de Alfredo Sampaio em treino realizado nesta tarde em São Januário, Edmundo reclamava muito com o zagueiro Eduardo e com o goleiro Ricardo, ambos reservas, para depois continuar o bate-boca com o treinador. Com a delicadeza habitual, Edmundo abandonou o treino e o clube sem dar entrevistas.
A seguir, cenas dos próximos capítulos....

Cresce o movimento "EU QUERO MEU VASCO DE VOLTA". Vejam o link: http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/frontdorio/

FESTA DO FUTEBOL CARIOCA

O site globoesporte.com, divulgou agora às 17:48, que só restam 148 ingressos para a decisão da Taça Guanabara.
Esse é o futebol do Rio de Janeiro!
Domingo, tem casa cheia no Maraca! - diria o "Garotinho" José Carlos Araújo.
Festa do futebol e da torcida carioca!
Que vença o melhor!

Confiram no link abaixo o vídeo que será exibido no telão do Maracanã no domingo, trazido com exclusividade pelo site globoesporte.com:
http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Campeonatos/0,,MUL311186-8066,00.html

E o mais importante: PAZ...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

SAN LORENZO 0 x 0 CRUZEIRO

Tá certo que seria um jogo difícil e que o empate foi um ótimo resultado, mas confesso que esperava mais do Cruzeiro.
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O jogo teve um 1°tempo de nível baixíssimo, beirando o medíocre, com a bola tendo suas "orelhas" chutadas por diversas vezes. Chutava-se para tudo quanto era lado, para as arquibancadas, para o alto, menos para o gol. Foram escassos os lances de perigo.
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No 2°tempo, o San Lorenzo tomou a iniciativa do jogo e D'Alessandro comandou as ações com uma ótima atuação, justificando o grande investimento feito pelo clube para contratá-lo.
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O mapa da mina fora descoberto. Os jogadores argentinos levaram vantagem em cima dos laterais cruzeirenses a todo tempo. Assim também aconteceu com o miolo da zaga. Os atacantes do San Lorenzo ganhavam todas as bolas pelo alto, jogada que fora exaustivamente repetida. Principalmente o atacante Silveira, fazendo com que Fábio tivesse muito trabalho e uma ótima atuação. Numa dessas jogadas, após uma cabeçada à queima roupa, o goleiro salvou gol certo com uma linda defesa, digna de fotografia.
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A saída de Wagner extinguiu qualquer sopro de criatividade no meio-campo cruzeirense. Adílson Batista recuou a equipe no final e se deu por satisfeito com o empate, ao qual considerou um bom resultado. Tem razão, afinal a Raposa arrancou um ponto na casa de seu principal adversário em seu grupo na Libertadores. Mesmo não jogando bem, o Cruzeiro manteve a invencibilidade na temporada e agora soma 4 pontos em sua chave.
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Não faltou empenho para o time do Cruzeiro, que com muita luta, segurou o empate em Buenos Aires diante do San Lorenzo. Faltou foi futebol.

REDENÇÃO...

Após 23 anos de ausência na Libertadores, o Fluminense, na altitude de Quito, empatou em zero a zero com a LDU. Com defesas simplesmente sensacionais, Fernando Henrique alcança a redenção. Desprestigiado de todas as formas por seu clube através de especulações das mais diversas em torno da contratação de outro goleiro para o seu lugar, execrado por sua torcida, Fernando Henrique deu uma bela demonstração de que não está abaixo da média da maioria dos goleiros que atuam no Brasil. Foi bonito de ver.
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Redenção segundo o Dicionário Aurélio: Ato ou efeito de remir ou redimir; Ajuda ou recurso capaz de livrar alguém de situação aflitiva ou perigosa; A salvação oferecida por Jesus Cristo na cruz, com ênfase no aspecto de libertação da escravidão do pecado.
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Na minha opinião, sempre quando acontece um dos muitos episódios de redenção dentro dos gramados, o futebol se manifesta como metáfora da vida da maneira mais bela e expressiva.
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Quem vai se esquecer do UH UH UH, ME PERDOA GABIRU, cantado em uníssono pela torcida do Internacional em homenagem a Adriano Gabiru, autor do gol do Título Mundial Colorado, na volta do time do Japão ? Adriano era odiado pela torcida colorada...
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E quem esquece dos guerreiros botafoguenses, que venceram bravamente um time do Flamengo que era uma verdadeira seleção, na final do Carioca de 89, livrando o clube alvi-negro de um jejum de 21 anos sem títulos?
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E o Joel Santana, que milagrosamente livrou o Flamengo da segundona em 2005, quando o clube estava virtualmente rebaixado. Quando Joel assumiu o time na reta final do campeonato, muita gente boa profetizou:
-Agora que cai mesmo!- Eu fui um deles...
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Alguém aí por acaso, se esqueceu do Rodrigo Mendes e sua “bomba santa,” na final do carioca de 99 contra o Vasco, abrindo caminho para o Tricampeonato Rubro-negro e o Tri-vice cruzmaltino? Quero ver quem é o flamenguista cara-de-pau que vai dizer que gostava do Rodrigo Mendes antes disso!
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E qual vascaíno esquece do Bi-campeonato estadual de 87-88 com sabor de Cocada? Condenado ao ostracismo, ou no máximo a ser a ser lembrado como o irmão do Müller, Cocada entrou no jogo e na história do Clássico dos Milhões aos 41 do 2° tempo, fez o gol do título aos 44 e foi expulso aos 45!
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E da “Era Dunga”, quem se esqueceu? O atual técnico da seleção deve ter sido o jogador mais estigmatizado da história recente do futebol brasileiro, para depois levantar a taça do tetra como capitão da seleção...
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E do lendário gol de barriga de Renato Gaúcho, levando um desacreditado Fluminense ao título do carioca de 95 ganho em cima do Flamengo no ano de seu centenário. Quero saber qual o tricolor que se esquece?
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Será que o lado azul de Porto Alegre se esquece do redentor gol de Ânderson na emocionante “Batalha dos Aflitos”?
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E quem um dia vai esquecer do outrora execrado Obina, que hoje é melhor que o Eto'o?
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Ninguém esquece...
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Redenção...

LDU 0 x 0 FLUMINENSE

Não foi um mau resultado. Basta pensar, que o goleiro Fernando Henrique foi o grande personagem da noite. Quem diria? Desprestigiado por seu clube a todo o instante e sob total desconfiança da torcida, o goleiro do Fluminense segurou o empate na altitude de Quito com uma atuação espetacular.
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O 1° tempo fora completamente dominado pela LDU, que até a altura dos 20 minutos, não traduzia em ameaças ao gol de Fernando Henrique o seu domínio territorial da partida. Foi então que aos 24 minutos, após uma saraivada de chutes em seqüência contra sua meta, Fernando Henrique começou a se tornar o protagonista do jogo evitando vários gols da LDU.
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O Fluminense se mostou inofensivo no 1° tempo. Sem jogadas pelas laterais-a não ser a dos adversários em cima dos laterais tricolores-, o time se torna previsível com somente Thiago Neves na armação.
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A entrada de Conca no segundo tempo, deu mais criatividade ao setor de armação do Flu. Havia um grande hiato no primeiro tempo entre a defesa e o ataque e os jogadores insistiam nos chutões na tentativa de levar o time à frente.
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E foi Thiago Neves que tomou a inciativa de colocar o Fluminense no jogo. Aos 8 minutos, após um belo corte, chutou cruzado levando perigo ao gol de Cevallos. Aos 10 minutos, Thiago Neves acerta na trave em belo chute de fora da área. O jogo seguiu equilibrado até seu final, com direito a outra bela intervenção de Fernando Henrique nos acréscimos.
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Assim como o Flamengo, o Fluminense estreou na Libertadores 2008 com um empate sem gols fora de casa. A diferença, é que a LDU não é o Coronel Bolognesi, definitivamente.
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O Fluminense ideal, na minha modesta opinião, seria formado por um 4-4-2 clássico, à européia, com duas linhas de quatro bem definidas e dois atacantes. Os laterais pouco subiriam, mas em compensação o Flu possui jogadores em seu elenco, em condições de formar um meio-campo rápido e criativo.
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Formação que considero ideal: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Roger. Arouca, Cícero, Thiago Neves e Conca. Leandro Amaral e Washington. Anota aí, Renato!
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Hoje tem jogão pela Libertadores no Estádio Nuevo Gasômetro em Buenos Aires, entre o San Lorenzo de D'Alessandro e o Cruzeiro às 19:00, horário de Brasília. Imperdível.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

TAÇA GUANABARA

Domingo, Flamengo e Botafogo fazem, com justiça, a Final da Taça Guanabara. Foram os times que se apresentaram melhor neste 1° turno, muito em virtude da boa pré-temporada que fizeram. Tanto Flamengo como Botafogo, receberam convites para excursionarem no período de pré-temporada, muitos até bem interessantes financeiramente. Mas ambos optaram por uma preparação adequada para a temporada que se iniciaria a seguir.
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Se o Botafogo puder contar com todos os seus titulares, o clássico é parelho, não vejo favorito. Confirmando-se a ausência de Zé Carlos e principalmente de Jorge Henrique-que vem fazendo uma temporada melhor até mesmo que a do ano passado-o Flamengo começa a ganhar um ligeiro favoritismo, mas apenas ligeiro. Seria a 1ª vez, levando-se em conta os últimos confrontos, que o Flamengo entraria para o clássico em tal condição. Zé Carlos também seria um desfalque sério. O jogador, uma aposta de Cuca, que quando foi contratado foi visto pela torcida como mais um que vinha para "compor elenco", tem se mostrado um substituto mais do que eficiente para Zé Roberto. Apesar do desfalque certo de Triguinho, a defesa está bem arrumada e tem um comandante: Ferrero, outro que vem atuando bem. Não desprezo a competência de Cuca.
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O Flamengo deve começar com uma formação parecida com a que enfrentou o Vasco no segundo tempo. Devem sair Jônatas e Kleberson-que não vêm bem-e entram Cristian e Toró. Marcinho também deve entrar na vaga de Diego Tardelli. Os jogadores do Flamengo têm mostrado um preparo físico exuberante, que se torna mais evidente no 2º tempo dos jogos. Crédito para o preparador físico Ronaldo Torres, que em interessante entrevista à FlaTV, declarou que a última pré-temporada realizada na Granja Comari, fora a mais bem feita de seus 12 anos trabalhando com futebol profissional. Ibson, finalmente, fez uma apresentação na semi-final contra o Vasco, digna das que fez ano passado no Brasileirão. Uma boa notícia para a torcida rubro-negra.
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Até ontem, cerca de 20 mil ingressos vendidos.
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Que vença o melhor!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

LAMENTÁVEL...

Há uma tendência, que de maneira rápida está se transformando em uma prática, dos clubes brasileiros em busca de recursos, fatiarem os direitos federativos de seus atletas. Vendem fatias, isto mesmo, fatias, como de bolo e de carne, para grupos de investidores e empresas de marketing esportivo.
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Assim aconteceu no Botafogo com o zagueiro Juninho, atualmente no São Paulo, entre outros atletas mais. Mas o caso Juninho foi emblemático, pois explicitou esta nova prática ao grande público, nós, torcedores normais, normalmente alheios a estas negociatas. Da noite para o dia o atleta estava se transferindo para o clube paulista, com o Botafogo recebendo uma pequenina fatia dos seus direitos federativos, visto que já vendera anteriormente o resto do "bolo" , ou se preferirem, da "carne", para um grupo de investidores que o presidente Bebeto de Freitas chama de "amigos do Botafogo".
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O mesmo aconteceu recentemente no Flamengo, com a venda de 32% dos direitos federativos de Renato Augusto para um destes grupos de investidores, e com Juan, que teve uma fatia de cerca de 20% também vendida.
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Agora, lamentável mesmo, de sentar no chão e chorar, é a notícia divulgada hoje de que o Flamengo está em busca de investidores interessados em comprar 10% dos direitos federativos de TODOS, eu disse TODOS os seus jogadores da base. Uma base que se tornou um verdadeiro papa-titulos em todas as categorias, sendo talvez esta geração que está ascendendo aos profissionais, a mais promissora dos últimos 18 anos.
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Entendo que os clubes estando de pires na mão, precisam reforçar o caixa. Mas este não me parece, definitivamente, o melhor caminho a ser seguido.
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A Dona FIFA está de olho. Vem acompanhando com preocupação as atividades destes "grupos de investidores". Em breve, eu aposto, serão criadas medidas protecionistas contra esta prática, que é no mínimo estranha.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

BEASTIE BOYS

Ultimamente, tenho escutado muito essas bandas formadas nos anos 80 e 90, que foram precursoras na mistura entre o Hip-Hop e o Metal, como o Rage Agains The Machine, os Red Hot Chili Peppers e os sensacionais Beastie Boys.

Os Beastie Boys têm como membros fixos desde sua formação: Michael Diamond(aka Mike D), Adam Yauch(aka MCA) e Adam Horovitz(aka Adrock).

Com vocês, no video abaixo, um pouco do som dos Beastie Boys. O excelente álbum "Ill Communication", traz o mega hit "Sabotage". O clipe, dirigido por Spike Lee, se tornou um dos maiores sucessos da MTV em todos os tempos.


domingo, 17 de fevereiro de 2008

FLAMENGO 2 x 1 VASCO

Foi um um jogo em que o Vasco, demonstrando muita raça, igualou as forças em um 1ºtempo que fora eletrizante, digno das melhores tradições do "Clássico dos Milhões".
Na segunda etapa, o Flamengo impôs a força de seu elenco superior e tomou conta da partida até seu final.
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Eu manteria o 3-6-1 do ano passado somente com Souza no ataque, mas a opção de Joel por Diego Tardelli não chegou a ser absurda. Ao contrário do que acontecera em Tacna, Joel, desta vez, mexeu muito bem. No segundo tempo, o Flamengo dominou por completo o jogo.
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Jônatas, no momento, não pode ser titular deste time. Me sinto muito à vontade ao afirmar, pois sou admirador de seu futebol. Digo o mesmo de Kleberson. Marcinho e Cristian entraram muito bem na partida.
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Alguns rubro-negros desejarão o meu mal, mas eu continuaria com Jaílton no time jogando como um 3° zagueiro, sendo o homem de combate ali na entrada da área.
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Fábio Luciano e a camisa do Flamengo: Uma simbiose perfeita. Parece que foram feitos um para o outro.
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E não é que o Ibson se transformou num jogador "argentino"?
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Para os vascaínos, se serve de consolo, posso dizer que hoje vocês têm um bom goleiro, que aliás foi bastante exigido devido aos péssimos jogadores de defesa que formam a zaga vascaína. Ter alguém bom no gol já é uma grande coisa.
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Wagner Diniz fez muita falta e facilitou o trabalho de Juan.
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O problema do Vasco, não me parece estar do meio para a frente, e digo que a formação dos quatro jogadores avançados deveria ser esta mesmo: Morais, Edmundo, Alex Teixeira e Alan Kardec. É o que há de melhor no elenco cruzmaltino no momento.
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É preciso que a torcida do Vasco tenha paciência com Alfredo Sampaio. Ele não é nenhum aventureiro. Quem acompanha o futebol carioca sabe que ele milita na profissão há muito, tendo inclusive, bons serviços prestados a clubes de menor expressão. Com os jogadores que dispõe no elenco, o Vasco com Alfredo Sampaio apresentou até uma relativa melhora no jogo de hoje.
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Destaques do Vasco : Tiago, Morais e o belo gol de Alan Kardec.
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Destaques do Flamengo: Fábio Luciano, Ronaldo Angelim, Ibson e a segurança de Bruno.

INESQUECÍVEL !

Domingo. Fim da primeira das duas partidas que decidiriam o Campeonato Carioca de 2001. O Vasco vencera o Flamengo por 2 x 1 e conquistara a vantagem de poder perder por até um gol de diferença na segunda partida para conquistar o título. Descia a rampa do Maracanã com meus amigos Pingo e Victório, este segundo um tanto cabisbaixo. Pingo, meu amigo desde os seis anos de idade, se chama Modesto Valim Bria. É filho do saudoso Modesto Bria, volante paraguaio que trazido por Ary Barroso, atuou no Flamengo nos anos 40 e 50, conquistando o nosso primeiro Tricampeonato (42-43-44). Após abandonar os gramados, seguiu sua vida no Clube sendo treinador das divisões de base, vindo depois a ser membro fixo da comissão técnica dos profissionais, aos quais ele assumira como treinador interino algumas vezes. Uma história bonita, de mais de cinquenta anos de amor e serviços prestados ao nosso Flamengo. Victório saía do Maracanã murchinho, murchinho. Já adiantava que não viria ao Maracanã para a segunda partida. Seu desânimo contrastava com a minha confiança, pois apesar da derrota, tinha visto uma boa atuação do Flamengo contra um time do Vasco que ainda reunia em seu elenco, jogadores que formaram o grupo mais vencedor de sua história. Sentia que dava pra reverter o resultado, pois tínhamos um time tão bom, ou até mesmo melhor que o do Vasco. O que significa uma diferença de dois gols tendo mais noventa minutos pela frente? Nada. O futebol já fez diferenças até maiores virarem pó, num espaço de tempo até mesmo mais curto que os já falados noventa minutos. Estão aí as histórias de tantos jogos que não me deixam mentir.
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Segunda-feira. Eu já estava aflito com a venda de ingressos para o segundo jogo que estava por começar. Pingo iria ao jogo comigo, mas Victório não queria ir de jeito nenhum. Tive que usar de todo o meu poder de persuasão para tentar convencê-lo, mas o cara era um poço de falta de confiança. Para ele, o resultado do campeonato fora sacramentado na primeira partida. Com minha tradicional insistência rubro-negra, dei-lhe um xeque-mate com o seguinte discurso:
-Vai que dá! Você não vai estar lá pra gritar TRICAMPEÃO, para gritar pros vascaínos VICE DE NOVO, e tudo mais...-e repetia-Vai que dá!-Vitório se convenceu. Peguei a grana com os dois, juntei com a minha e fui para a Gávea lutar por nossos três ingressos. Quando lá cheguei, pude constatar que a confiança não era só minha. Um mar de rubro-negros se acotovelavam diante das bilheterias. Brigavam por seu ingresso como esfomeados brigam por um prato de comida... Tudo para comprar aquilo que pareciam saber ser um passaporte para a euforia, um passaporte para viver um momento que, todo o rubro-negro que viveu, jamais irá se esquecer por toda a sua vida... Infelizmente, tive que usar de minhas “técnicas”de infiltração na da multidão, ignorando a imensa fila que dava voltas no Clube e que era desrespeitada pela maioria. É uma conduta politicamente incorreta, mas não poderia, em hipótese alguma, correr o risco de voltar com as mãos abanando para meus amigos. Após ficar por mais de duas horas comportadamente numa fila que não andava sequer um milímetro, parti com tudo para furá-la. Todo mundo conhece a bandalha que se transforma a venda de ingressos para jogos importantes no Rio de Janeiro: Uma farra para os cambistas, enquanto muitos torcedores de bem ficam de fora da festa. Desta vez, Eu, Pingo e Victório, não seríamos uns deles. Com a camisa rasgada e todo suado, eu caminhava de volta para casa contemplando a bela vista da Lagoa Rodrigo de Freitas para relaxar um pouco. Voltava com três passaportes para a euforia em meu bolso. Estávamos garantidos na grande final.
*
A semana passou. Domingo, nascera o grande dia. Quem é torcedor sabe como é. Nos dias que antecedem uma final, você fica com aquele bichinho da ansiedade dando frio na barriga, incomodando mesmo. Como se fosse você o jogador, com as mesmas responsabilidades e cobranças. No caso do torcedor rubro-negro, a responsabilidade é concreta, a torcida joga junto com o time. Na manhã do jogo, você acorda com a sensação de que todo aquele dia que acabara de nascer é dedicado ao evento da tarde que tanto se espera. Na verdade é, para jogadores, comissão técnica, dirigentes e funcionários do Clube e principalmente para o torcedor. Todo mundo acorda pensando no jogo como se o mundo girasse em torno do Maracanã. Eu, particularmente, gosto de pegar uma praia de manhã, até pra esquecer e relaxar um pouco, mas voltando cedo pra almoçar, evitando queimar muita energia sob o sol forte do Rio.
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Como de costume, saímos de casa umas duas horas antes do jogo. Eu, Pingo e Victório. O ritual é sempre o mesmo: Chegar no Maracanã, tomar umas cervejinhas na porta e entrar faltando uns trinta minutos para o apito inicial. Cumprido o ritual - torcedor de futebol é bicho supersticioso - e já depois de ultrapassado o “curral” e as catracas das roletas de entrada, nos dirigimos para nosso lugar cativo no Maraca: Ali, entre o 42 e o 43 das arquibancadas amarelas. Mais ou menos à direita de onde hoje fica a “Urubuzada”, um movimento de torcidas bacana, que não se mete em brigas e incentiva o Flamengo o jogo inteiro. Lá chegando, encontramos o resto da rapaziada, Marcello 22, Niro e outros. Mais algumas cervejinhas e o jogo começaria já já.
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E a partida começou tensa. O Flamengo se lançava ao ataque pois precisava do resultado. O Vasco explorava os espaços deixados pelo adversário através de contra-ataques perigosos, como logo no início, quando Viola quase abriu o placar não fosse a defesa sensacional de Julio Cezar. Mas aos 23 minutos Cássio é derrubado na área. Pênalti. O capetinha Edílson parte para a cobrança e abre o placar. Um a zero Flamengo.
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A partir daí, o bom time do Vasco pressionou muito. O veloz Euller, o “filho do vento”, dava muito trabalho a defesa rubro-negra. Marcou um gol, que fora prontamente anulado por estar em impedimento. O Vasco perdia chances, Com Viola, Euller e Juninho Paulista. Julio Cezar fazia defesas espetaculares, mas de tanto pressionar, o Vasco empata o jogo. Em boa jogada de Viola pela esquerda, Juninho Paulista recebe o passe cara a cara com Julio Cezar e desta vez não perdoa. Um a um.
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Fim do primeiro tempo. O gol do empate do Vasco foi uma ducha fria na torcida rubro-negra. Os times desceram o túnel rumo aos vestiários ao som do canto da torcida vascaína.
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Logo no início da segunda etapa, dava pra ver que o Flamengo não voltou para brincadeiras. O time estava decidido a levar o Tricampeonato para a Gávea. A torcida percebeu e o apoio foi incondicional. Cantávamos com todas as nossas forças, pois a tarefa do time não seria fácil.
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Logo aos 8 minutos, em brilhante jogada de Petkovic pela esquerda, o "gringo" pedalou pra cima do zagueiro e com um cruzamento milimétrico encontrou o capetinha Edílson livre para marcar de cabeça o gol do desempate. Não era o bastante, faltava mais um...
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O jogo ficara eletrizante. Eram chances de gol para os dois lados e um gol do Vasco fecharia o caixão rubro-negro. Petkovic tinha algumas oportunidades para marcar de falta, sua especialidade, mas desperdiçava uma atrás da outra. Seja para fora ou para a defesa de Hélton. Juninho Paulista também em cobrança de falta, poderia ter liquidado a fatura, mas a bola explodiu no travessão. Tensão total. Julio Cezar fazia defesas espetaculares. Euller chegou a driblá-lo mas perdeu o ângulo para o chute e a chance de decidir o campeonato. A torcida rubro- negra acreditava. Incentivava seu time a todo tempo.
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Foi então que a partir dos quarenta minutos, ouvíamos o som do despertar da torcida rival vindo do outro lado das arquibancadas...a torcida vascaína começara a cantar É CAMPEÃO, É CAMPEÃO ! Aos quarenta e três minutos mais uma falta contra o Vasco, desta vez um pouco de longe. Petkovic se preparava para a cobrança, a uns cinco ou seis metros da meia-lua, mais ou menos do meio para a direita. Me veio aquele pensamento...O “gringo”, exímio cobrador de faltas, já calibrou a pontaria. O goleiro vascaíno Hélton armou sua barreira e o árbitro autorizou a cobrança. Deus quis, que naquela tarde inesquecível de domingo, eu estivesse logo ali, nas arquibancadas amarelas bem atrás do gol, ali no 42, de onde sempre assisto aos jogos. Fui agraciado. Pude presenciar o que acontecera com uma visão privilegiada. Fecho os olhos e consigo reproduzir as imagens com perfeição e requinte de detalhes. Petkovic caminhou para a cobrança e desferiu o chute com sua precisa perna direita. E a bola...Ah, a bola... Lembro bem que na hora, seu trajeto parecia ser percorrido em câmera lenta, como se Deus prolongasse aquele instante para que todos rubro-negros o vivenciassem por um pouquinho mais de tempo...Traçou uma incrível parábola como se fosse sair pela linha de fundo, mas foi com aquela curva mais do que majestosa, que nem os pincéis dos grandes mestres renascentistas poderiam reproduzir em suas telas, que a bola decaiu em direção ao ângulo esquerdo de Hélton. O goleiro num vôo felino, saltou com seu braço esquerdo mais do que esticado em direção ao ângulo. A ponta de seus dedos chegou a resvalar levemente na bola, que inexoravelmente estufou as redes vascaínas e os corações rubro-negros.

Era o gol do título, e que golaço. O imponderável, tão citado por Nelson Rodrigues, se fez presente naquela tarde de domingo. O Maracanã explodiu, o barulho era ensurdecedor. Era cerveja voando pro alto, gente caindo, todo mundo gritando e se abraçando. O Niro chorava, e repetia que não acreditava. O Marcello 22, com os olhos arregalados e a boca aberta, nem falava nada. Nem precisava. Olhava fixamente pro campo, como se também não acreditasse no que acabara de presenciar. Petkovic disparou em sua comemoração efusiva pelo gramado, se jogando em frente ao banco de reservas, onde rapidamente se formou uma pirâmide de jogadores rubro-negros. Não sei se o “gringo” naquela hora tinha noção de que acabara de escrever, definitivamente, seu nome na gloriosa história do Clube de Regatas do Flamengo. Naquele momento, nosso Tricampeonato e o tri-vice do Vasco eram irreversíveis. O grito de O OÔ VICE DE NOVO ecoava em provocação a torcida vascaína que, por sua vez, já batia em retirada. Dali pra frente, seriam pouquíssimos minutos para o fim do jogo, mas a festa pela cidade não tinha hora pra acabar. Era só escolher a boa da night: COBAL do Leblon ou Clipper? Descemos a rampa do Maraca aos pulos, suados feito porcos, bêbados como gambás e felizes como pinto no lixo.

Vivi intensamente o apogeu da “Era Zico”nos anos 80, também conhecida como “Geração de Ouro”do Flamengo. Os jogadores daquele time, foram os heróis da minha infância e juventude e permanecerão heróis para mim enquanto eu viver. Mas naquela tarde de um domingo de decisão no campeonato carioca, com o inesquecível gol de falta do tri, o gol do Pet, eu vivi a maior emoção de minha vida de torcedor e com certeza, uma das maiores emoções de toda a minha vida. Chorei sim, meus amigos, chorei igual criança. E naquele dia me descobri um pouco mais rubro-negro.

Hoje, Victório é comerciante em Macaé e mora em Rio das Ostras, ambas no norte do estado do Rio de Janeiro. Victório foi atrás da economia emergente impulsionada pela indústria do petróleo na região. Todas as vezes em que me encontra, ele repete o “Vai-que-dá-e-você-não-vai-tá-lá-pra-ver” que eu usei para convencê-lo a ir naquele jogo. E também não se cansa de dizer que é e será eternamente grato.

Todos os rubro-negros presentes no Maracanã naquela inesquecível tarde de domingo, jamais se esquecerão de tudo o que aconteceu. Tenho certeza que merecerá um capítulo à parte na história da vida de cada um.

Isso é Flamengo!!!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

DEU FOGÃO NO CLÁSSICO VOVÔ: 2 x 0

Um Botafogo cauteloso e bem disciplinado taticamente, venceu sem maiores sustos o badalado carrossel tricolor. Conteve o ímpeto inicial do temido ataque do Fluminense durante os primeiros minutos, fez seu gol e tomou conta do resto do 1ºtempo.
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Durante a segunda etapa, embora Cuca tenha negado, o Botafogo claramente optou por segurar o resultado. E o alvi-negro alcançou seu objetivo sem dificuldades, se dando ao luxo de marcar mais um gol no final.
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Destaques: Castillo, Ferrero, Diguinho e Welligton Paulista.
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Antes do jogo, eu achava que não havia um favorito em evidência, mas quem assistiu as entrevistas coletivas dos dois técnicos após a partida e tem um pingo de senso crítico, vai concluir que o resultado não era tão imprevisível assim.
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Cuca amadureceu definitivamente como treinador e penso que o Botafogo deveria investir nele para um projeto a longo prazo. Coisa de muitos anos. É jovem, tem caráter e ainda muito a crescer na profissão.
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Renato, por sua vez, ainda tem muito e que aprender como treinador. Como escala mal. E substitui pior ainda. Mesmo com o bom elenco que tem a disposição. Moral da história: Um mau pipoqueiro, mesmo com milho bom e farto, não faz uma boa pipoca. Renato afirmou que o time foi muito bem no jogo de hoje, assim como vem fazendo uma ótima Taça Guanabara. Será que eu vi outro jogo? Será que eu estou acompanhando outro campeonato?

"BEIRAL"


Ontem conversei com meu amigo Léo Porquinho que atualmente mora no exterior, mais precisamente na Bélgica. O papo se desenvolveu através do Messenger, uma dessas maravilhas da tecnologia que nos mantém em contato com as pessoas que a gente gosta e que se encontram longe.
Conversamos sobre diversos assuntos por cerca de 1 hora e aproveitei para atualizá-lo sobre as últimas notícias dos amigos que temos em comum aqui no Rio de Janeiro. Mas o que mais me chamou a atenção, foi uma das primeiras perguntas que o Léo fez:
-E o beiral? Tem rolado?
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Para os que não são do Rio, Beiral é o futebol que os amigos armam na beira do mar, na areia mais dura e molhada, especialmente em Copacabana. O Beiral é uma instituição. Uma tradicional diversão da rapaziada local.
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A pelada de beira, ou beiral, tem sua regra própria, ou não tem muita regra, sei lá. O que eu sei é que muito bom de jogar, especialmente por ser praticado bem na beira da água, o que mantém os “atletas”, refrescados durante os dias de sol quente no Rio. Perae! Refrescados? Me expressei muito mal. Essa, definitivamente, não é uma palavra que existe no linguajar da rapaziada. Que isso? Beiral é coisa pra cabra macho! Refrescados? Não! Quem é refrescado aqui? Beiral é sangue, suor e areia!
“- Futebol é pra homem!” – diria o zagueiro mais viril do beiral, ao ouvir uma queixa por uma entrada mais dura. De vez em quando, rola até uma troca de tapas, mas nada que afete nossa amizade. Afinal,“as desavenças ficam dentro de campo”. Desavenças mesmo. A pilha é forte, mesmo durante o jogo.
*
A balizas são formadas por chinelos, côcos ou garrafinhas de água vazias. Só vale gol rasteiro. Não tem escanteio, só tiro de meta. E quando a bola vai para a água, quem pegar com a mão primeiro bate o lateral, independente de qual time for. É nesse momento que ocorrem algumas das disputas de bola mais engraçadas, pois entra em cena um jogador a mais na partida: O mar e suas ondas, dribladoras como Garrincha.
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Contrariando o óbvio, a temporada do Beiral no Rio é mesmo o inverno. Além do clima mais ameno e da praia mais vazia, as ressacas constantes tornam a faixa de areia molhada mais larga, aumentando o campo de jogo e fazendo a galera vibrar:
“-Hoje está Maracanã!”
*
Foi naquele momento, conversando com meu amigo pelo msn, que tive a certeza de que um dos grandes prazeres da vida, pelo menos para mim, é encontrar com meus amigos da Turma da Constante na praia do final de semana para aquela resenha, que rapidamente se transforma num “altinho”e termina na pelada de beira.
*
O ser humano é um bicho esquisito. Só costuma dar valor as coisas depois que as perde, sejam elas pequenas ou grandes. Naquela conversa com o Léo, observando sua saudade e seu interesse para saber se vinha rolando o Beiral ultimamente, sem querer ele me ensinou a dar um pouquinho mais de valor as pequenas e singelas coisas da vida.
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Como é bom ter amigos!
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E viva o Beiral!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

ADRIANA LIMA




Esta baiana de 27 anos e beleza exótica, desfila para as mais famosas marcas do mundo da moda, sendo um dos angels (que nome perfeito!) da Victoria's Secret. Foi considerada pela revista americana Forbes, como uma das 100 celebridades mais influentes do mundo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A BATALHA DOS AFLITOS E A IMORTALIDADE GREMISTA

Não sou daqueles que torce por um time em cada canto. No Rio ou em São Paulo, em Belo Horizonte ou Porto Alegre, na China ou em Marte, sou Flamengo até morrer.
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Apesar de ser um tradicional rival do Flamengo, é de longa data que tenho simpatia pelo Grêmio de Futebol Porto-Alegrense,“o Imortal”, como o clube é chamado afetuosamente por seus fanáticos torcedores. Minha simpatia já vem de vinte e cinco anos, desde quando o Grêmio foi Campeão Mundial em 1983, na inesquecível partida contra o Hamburgo que fez de Renato Gaúcho o maior ídolo de sua gloriosa história. Assisti essa partida ao lado de minha saudosa e querida avó, a D. Cecília, uma senhora de então setenta anos que adorava futebol. Minha simpatia pelo Grêmio também tem muito a ver com algumas afinidades que observo entre o clube gaúcho e meu querido Flamengo. Os dois são times daqueles conhecidos como “de chegada”, que crescem e não amarelam na hora da decisão. Tem a ver também com o próprio Renato Gaúcho, que, sendo o maior ídolo gremista, veio para o Flamengo em 1986 e por aqui caiu rapidinho nas graças da torcida rubro-negra, tendo participação marcante na conquista do Tetracampeonato Brasileiro de 1987. E, finalmente, tem a ver com a torcida dos dois clubes, de perfil bastante semelhante, que nunca exigiram um time de super-craques, mas jamais admitem jogador sem alma os representando. Chupa-sangue não esquenta lugar nos times de Flamengo e Grêmio. São ceifados rapidinho, rapidinho. Existem grandes ídolos que não foram craques na galeria dos dois clubes, mas é certo que encarnavam a personificação do fanatismo do torcedor dentro de campo. Diferentemente de outras torcidas, as de Flamengo e Grêmio apoiam incondicionalmente seus times, seja na vitória ou na derrota. Talvez por isso que os Deuses do Futebol por inúmeras vezes, contribuem positivamente com o imponderável em momentos decisivos na história dos dois clubes. A raça rubro-negra e a imortalidade gremista são irmãs gêmeas univitelinas, separadas pela distancia cultural deste país continental. Mas a essência é exatamente a mesma.
*
Recentemente, vi o Jornalista Eduardo Bueno, o “Peninha,” afirmar que a final de 83 entre Grêmio e Peñarol pelo título sul-americano representa a essência do que é a Libertadores. Justifica que quando se fala de gremistas e uruguaios pode até faltar futebol, mas raça se tem de sobra, para dar e vender. É este o espírito gremista do qual estou falando. Se esta partida representa a síntese e a essência da Libertadores, digo ao “Peninha”, que o jogo contra o Náutico em Recife que levou o Grêmio de volta à elite do futebol brasileiro, é a síntese e a essência do que representa o próprio Grêmio de Futebol Porto-Alegrense. Estavam lá no Estádio dos Aflitos todos os ingredientes: um gramado que mais parecia a superfície lunar, porradaria em campo, expulsões, o drama, o desespero, a confusão, o imponderável gol de Ânderson, e por fim, a glória.
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Fui assisitir ao jogo na casa do Victor Cavalli, o “Gaúcho”, meu amigo da Turma da Constante e de escaladas pelas montanhas cariocas, além de parceiro de Maracanã. Victor é gaúcho de Porto-Alegre, gremista de coração que adotou o Flamengo aqui no Rio de Janeiro. Victor se mudou para o Rio em 1976, tendo oportunidade de presenciar de perto toda a época de ouro do Flamengo nos anos oitenta.
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O Náutico não tinha mais condições de conquistar o título, mas precisava desesperadamente da vitória para garantir seu acesso para a série A. O Grêmio vivia uma situação ímpar. O céu ou o Inferno. Se ganhasse o jogo seria campeão. Um empate serviria para garantir o acesso à elite, e uma derrota significaria mais um ano de exílio na série B, lugar ao qual o Grêmio não pertence, definitivamente.
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O estádio estava repleto. Ironicamente colorido pelas mesmas cores que as do arqui-rival Internacional de Porto-Alegre. O juiz vinha a ser Djalma Beltrami, um árbitro no mínimo polêmico, e muito conhecido aqui no Rio de Janeiro.
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Começa o jogo. O Náutico toma conta do campo, mas não traduz em ameaças concretas ao gol de Galatto seu domínio na partida. Nada fora do previsto. O Técnico Mano Menezes manteve o time cauteloso, bem fechado, sabedor que com o empate, levaria o Grêmio de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído.
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Foi então que o Sr. Djalma Beltrami resolveu protagonizar o espetáculo. Um jogador do Náutico se atira nitidamente dentro da área e Djalma aponta a penalidade máxima sem hesitar. O torcedor gremista gela. Será que o destino lhe reservaria a permanência no inferno? Adrenalina em campo, nas arquibancadas, diante dos televisores...E Bruno Carvalho caminha para a cobrança. A bola explode na trave. O lado azul de Porto-Alegre comemora como se fosse um gol.
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E o jogo continua e com pressão do Náutico. Nem a profética mente de Nostradamus poderia prever o que viria a acontecer no segundo tempo, nem Mãe Dinah, nem ninguém...Só mesmo os Deuses do Futebol. O Grêmio permanecia cauteloso. Até demais. Vez por outra esboçava um contra-ataque mas sem se expor em demasia, visto que o outro jogo do quadrangular final estava dando empate, o que garantiria a volta do Grêmio à 1ª divisão.
*
O pior aconteceu. Djalma Beltrami inventa mais um pênalti absurdo contra o Grêmio. Os jogadores partem para cima de Djalma, que expulsa mais três gremistas. O lateral Escalona já havia sido expulso. Nesse momento, eu olhei pro “Gaúcho”e suas mãos estavam na cabeça, quase que tapando seus olhos que sismavam em acompanhar o pesadelo que se desenhava pela tela da TV. Foi então que resolvi dar a minha babalorixada:
-Já era, véio. Não dá mais.
O "Gaúcho" não respondia. Sequer piscava. Seu olhar era fixo na tela, mas perdido em desalento. Após 25 minutos de intensa confusão, com direito até a spray de pimenta, os atletas gremistas são agredidos pelos policiais pernambucanos.
*
Sessenta minutos do segundo tempo. O jogador do Náutico parte para a cobrança. Galatto defende e o Grêmio ainda estava vivo. Como se diz lá no sul, “não está morto quem peleia.” Meu amigo Victor sai de seu transe. Seguiram-se a partir daí, talvez os mais gloriosos minutos da história do Grêmio de Futebol Porto-Alegrense.
*
O imponderável resolvera entrar em campo no gramado dos Aflitos. Quase que em seqüência, com sete jogadores em campo, O Grêmio repõe a bola em jogo. O garoto Ânderson arranca pela esquerda. Recebe uma entrada dura de Batata que é expulso. Ficaram dez contra sete. Uma batalha desigual para qualquer um, mas não para o Imortal Grêmio. A falta é cobrada rapidamente e a bola está com Ânderson ainda pela esquerda. O garoto dispara como um foguete, rápido como um raio, e os defensores adversários não conseguem pará-lo. Ele penetra a grande área perseguido pelos zagueiros como uma presa por seu predador, mas aquele seria o dia da caça. Ânderson ajeita o corpo e com categoria manda a bola para as redes alvi-rubras. Era o gol redentor. Agora quem não acreditava no que via era eu, apesar de ter a noção exata de que naquele momento, algumas das páginas mais emocionantes da história do futebol estavam sendo escritas diante dos meus olhos.
*
Os sete guerreiros que permaneceram no campo de batalha resistiram bravamente até o apito final e seguraram a vitória por apenas um único gol, mas que valeu por mil. E foi assim que a triunfal volta do Grêmio à elite ganhou tons épicos.
*
Começaram a ser transmitidas imagens ao vivo das ruas de Porto-Alegre e a cidade estava colorida de azul. O orgulho e a alma gremista estavam lavados. A torcida comemorava como nunca, era gente ajoelhada, gente chorando, gritando, aquele êxtase coletivo que só se vê em torcedores de futebol após as grandes conquistas.
*
Este é o Imortal Grêmio. Contra tudo e contra todos, impôs o peso de sua camisa e arrancou na marra a vitória em Recife. Voltou para a elite de maneira esplendorosa e para os braços de sua torcida com a taça na bagagem.
*
Foi bacana de ver a emoção do "Gaúcho", que telefonava para Porto Alegre sem parar. Imagino que muitos gremistas espalhados por esse Brasil tenham feito o mesmo. Víctor falou com seu primo, seus amigos gremistas, e sua mãe...quando as lágrimas desceram de seus olhos:
- O pai tá comemorando essa vitória lá do céu, mãe...
*
Os torcedores do Grêmio NUNCA se esquecerão desta linda vitória.
Eu também não.

E O BARCELONA SE MEXE...















Meio que na calada da noite, o Barça se movimenta no mercado da bola.
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O gigante marfinês Drogba, do Chelsea, pediu ao clube inglês para ser negociado com o Barcelona. Especula-se que a negociação gire em torno de 25 milhões de libras (cerca de R$92,5 mihões).
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E mais: Dirigentes do Barcelona se reuniram com o treinador português José Mourinho em Gana, no domingo, após a disputa da final da Copa Africana de Nações. O clube informou que foi apenas uma reunião de cortesia. Será? Estariam contados os dias de Frank Rijkaard no comando do clube catalão?

LIBERTADORES DA AMÉRICA

CORONEL BOLOGNESI 0 x 0 FLAMENGO

Um jogo chato, de dar sono. Decepcionante a estréia do Flamengo na Libertadores. O Bolo foi respeitado em excesso no primeiro tempo. Muito tímido, o Flamengo pouco ameaçou a meta adversária na primeira etapa. O meio de campo se mostrou desorganizado, desconexo. Jônatas continua pesadão em campo. O que será que aconteceu na Espanha? No segundo tempo, o Flamengo resolveu enfim, tentar a vitória. O precário preparo físico demonstrado pelos jogadores do Bolo que sumiu do jogo, beira o amadorismo. Joel, por sua vez, além de começar o jogo com um esquema tático diferente do que vinha usando, não teve uma noite feliz em suas substituições. E no apagar das luzes, Obina de forma bisonha, perdeu um gol feito de dentro da pequena área. Lamentável. Não é de hoje que o time não vem jogando bem. A nação já está com a pulga atrás da orelha. Uma eliminação da Taça GB no clássico de domingo diante do Vasco pode deflagrar um princípio de crise entre clube e torcida.
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CRUZEIRO 3 x 0 REAL POTOSÍ

Nada fora do previsto. O Real Potosí só assusta no alto do morro, nos quase 4000 metros de altitude de sua sede, aonde os critérios esportivos são afrontados e a integridade física dos atletas adversários é ameaçada. No Mineirão foi uma presa fácil para a Raposa. O bom time do Cruzeiro só não aplicou uma goleada histórica no Potosí, graças a atuação espetacular do goleiro Suarez. Parabéns a galera cruzeirense. Mais de 40 mil torcedores presentes.
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CÚCUTA 0 x 0 SANTOS
Assim como o Flamengo, o alvi-negro praiano jogou dois pontos no lixo, muito em razão da má pontaria de Kléber Pereira.
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Pela Copa do Brasil, o Vasco acertadamente escalou os reservas para vencer o fraco Itabaiana por 1x0. O Clube da colina não encontrará nenhuma dificuldadade para garantir sua classificação no jogo de volta em São Januário, e , ao mesmo tempo, jogará o clássico contra o arqui-rival Flamengo com seus titulares descansados e com as energias recarregadas. Mas para quem assistiu, foi um jogo sofrível.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

LEANDRO


Um dos maiores craques do futebol mundial em todos os tempos se chama José Leandro de Souza Ferreira, o Leandro. Para os amigos, o “peixe-frito”. Nasceu em Cabo Frio/RJ em 17/03/59 e só defendeu as cores de um único clube, o Flamengo. Foi Campeão Mundial de Clubes, Campeão da Taça Libertadores da América, e quatro vezes campeão brasileiro. Pela Seleção Brasileira, disputou a Copa do mundo de 1982 e abandonou a delegação pouco antes do embarque para a Copa de 1986 no México, em solidariedade ao parceiro de farras Renato Gaúcho que havia sido cortado pelo técnico Telê Santana.
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Era um jogador de técnica refinadíssima. Ambidestro, começou jogando na lateral direita e terminou jogando na zaga central. Na verdade, sua habilidade ímpar lhe permitiria jogar até como um meia, destino muito comum dos laterais com um pouco mais de qualidade nos dias de hoje. Assim aconteceu na final da Copa Libertadores da América de 1981 contra o Cobreloa, quando atuando no meio, Leandro foi um dos melhores em campo junto com Zico. Foi um verdadeiro artista da bola, um estilista.
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Leandro tinha as pernas muito arqueadas como as minhas, bem como os joelhos baleados como os meus, o que o levou a encerrar a carreira precocemente para a tristeza dos amantes do bom futebol. Quem dera que na sua época, a medicina esportiva brasileira contasse com as técnicas de reconstituição articular que se tem conhecimento hoje. A carreira de grandes gênios do futebol e de grandes promessas não seriam interrompidas tão cedo. Quando lembro de Leandro, me vem a cabeça aquela melancólica frase do grande Didi, craque da seleção brasileira e do Botafogo: “Os grandes craques não deviam envelhecer.”
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O que me motivou a escrever sobre Leandro, foi uma acirrada discussão que tive com um internauta português, o Ricardo. Trata-se de uma figura assídua no excelente blog Jogo Aberto, do jornalista Lédio Carmona. O bate-boca durou das dez da noite às cinco da manhã. Tudo começou com as seguintes declarações do português: “Leandro e Jorginho não são nada para o futebol mundial”. Posteriormente, completou: “Cafu é reconhecido por mais gente no mundo como melhor lateral do que Leandro”. Os Deuses do futebol devem ter se enfurecido! Nunca fui um cara violento, mas as horas foram passando madrugada a fora e nada fazia o portuga, que cada vez falava mais besteiras, mudar de idéia. Minha vontade era entrar pelo tela do computador e apertar o pescoço do português. Me senti aviltado. Como pode alguém cometer tamanha heresia? Ele estava atacando um de meus heróis e isso não poderia ficar assim. Me senti compelido a defender o craque com todas as minhas forças. Durante a peleja virtual, Ricardo fez observações das mais estapafúrdias, como por exemplo, que o Leandro não sabia defender. Ignorava o fato de que o jogador ao final de sua carreira, se tornara um dos melhores zagueiros de área de sua época, formando dupla de zaga com Mozer, com Edinho e finalmente com Aldair. Como assim não sabia defender? Piada de português. A opinião limitada de Ricardo, baseava-se nas únicas partidas em que viu Leandro jogar: Pela seleção brasileira na Copa do Mundo de 1982 e pelo Flamengo na final do Mundial de Clubes em 1981, contra o Liverpool. São ao todo seis partidas. Conclui que a discussão com alguém que não teve o prazer de ver Leandro jogar de verdade seria inócua. Fui dormir.
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O maior elogio que ouvi ao futebol de Leandro, veio do “capitão” Carlos Alberto Torres. Foi no programa Redação Sportv Especial no fim do ano de 2006. Questionado sobre quem teria sido o melhor lateral-direito da história, o “capita” afirmou que ele próprio e o Djalma Santos estariam em um mesmo patamar. O Djalma por seu notável vigor físico e marcação implacável. E ele próprio, Carlos Alberto, por sua ofensividade e eficiência no apoio. Concluindo, o “capita” afirmou que Leandro estaria num nível muito, mas muito acima dos dois, visto que reunia a qualidade na marcação do Djalma e poder ofensivo do próprio Carlos Alberto. E o capitão do tri entende do riscado. Foi um dos maiores em sua posição, além de ter sido treinador do Leandro por um curto período, substituindo a Paulo César Carpeggiani no Flamengo.
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Leandro hoje vive na sua Cabo Frio, onde administra a “Pousada do Leandro”. Suas aparições em programas esportivos atuais são raríssimas. Uma pena. Leandro teria muito a ensinar aos mais jovens, como na última vez em que o vi, no programa “Tá na área” do Sportv. Nesta oportunidade, relatou aos entrevistadores que quando ainda muito garoto só chutava com a perna direita. Decidiu então, por privar-se de chutar com a mesma, forçando-se a desenvolver o controle de bola e o chute com a perna esquerda. Conseguiu. Neste mesmo programa, por telefone, o ex-goleiro Raul Plassmann, companheiro de Leandro na geração de ouro do Flamengo, narrou história pitoresca a respeito do lateral: Após discutir com Leandro, num tiro de meta, Raul intencionalmente deu um bico na bola com toda sua força na direção do craque. Uma verdadeira “bola quadrada”, que ao jogador vulgar, o domínio pareceria impossível. Leandro não só matou a bola que colou em seu peito, como saiu jogando e driblou dois adversários. Logo após, virou-se para Raul e gritou:
-Aí, véio! Eu jogo pra caralho!
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Leandro é o Deus Supremo da lateral-direita. É glória e orgulho do futebol brasileiro. Todas as equipes do mundo deveriam aposentar a camisa 2 em sua homenagem e reverência. Se Leandro jogasse hoje em dia, diante da mediocridade que impera, no flanco direito de todos os campos de jogo em que entrasse deveria ser estendido um grande tapete vermelho, para que o craque pudesse desfilar seu futebol elegante e de categoria inigualável.
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Obrigado, Leandro.

LIBERTADORES DA AMÉRICA

Começa hoje a fase de grupos da competição interclubes mais importante das Américas, e a de mais belo nome entre todas no planeta: Taça Libertadores da América. Que beleza! Promete ser uma das mais equilibradas dos últimos tempos.
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Pelo grupo 1, jogam Caracas(VEN) x San Lorenzo(ARG), e pelo grupo 2, Deportivo Cuenca(EQU) x Estudiantes (ARG). Ainda existem alguns jogos a se realizarem pela Pré-Libertadores, que eu prefiro chamar de seletiva.
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Já na quarta-feira, Cruzeiro e Flamengo são os primeiros brasileiros a estrearem na competição, os dois às 21:50, horário de Brasília.
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O Cruzeiro encara o Real Potosí(BOL) no Mineirão, que, ao descer o morro para jogar fora de seus domínios onde conta com o temido ar rarefeito, se torna inofensivo. Uma presa fácil para a Raposa, que sem maiores badalações, vem formando um bom time.
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O Flamengo vai ao deserto peruano enfrentar o desconhecido Coronel Bolognesi(PER) em Tacna. A julgar pelas declarações do zagueiro peruano Balbín, o Bolognesi deve jogar atrás, tentando explorar os contra-ataques:
- O Flamengo tem um bom time, mas que se descuida atrás. A chave é contra-atacar, porque o time deles sai muito. Os volantes atacam. Já o volante Jesus Chavez, por sua vez, afirmou que os defensores rubro-negros são lentos, alicerçado no que vira no Fla-Flu do final de semana. Fica a impressão, que o Coronel Bolognesi se prepara para enfrentar o time reserva que assistira jogar o Fla-Flu pela televisão.
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Joel Santana promete manter a base do time que arrancou na reta final do Brasileirão para a conquista da vaga na Libertadores, deixando a maioria dos novos reforços no banco. Talvez até Jônatas. O FAIR PLAY está com Joel e não abre. Pelo menos por enquanto...
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A Libertadores começa também marcada pela união de clubes brasileiros na luta contra os jogos na altitude extrema. Na briga comprada unicamente pelo Flamengo ano passado, após jogar em Potosí na Bolívia a quase 4000 metros de altitude, agora se juntam São Paulo, Cruzeiro e Fluminense. O Santos ainda não se pronunciou. Há muito que o Flamengo assediava o São paulo para se aliar a esta campanha. Esta união deve ter sido costurada no almoço entre dirigentes paulistas e cariocas realizado na sexta-feira na sede do São Paulo FC, motivo de nota minha no post "NEGÓCIOS"...
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A CONMEBOL se recusa a acatar no que tange aos clubes, a determinação da FIFA que baseada na opinião médica, proibe jogos acima dos 2750 metros de altitude.
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Ainda nesta semana, através de seu departamento jurídico, o Flamengo dará entrada em uma Ação no Tribunal Arbitral do Esporte(TAS) em Lausanne na Suiça, exigindo o fim de partidas realizadas em tais condições.
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Desta vez, o Flamengo não estará sozinho. Com um aliado de peso como o São Paulo, e os demais clubes brasileiros interessados, se os clubes argentinos se agregarem a questão, a CONMEBOL cede, eu acredito, sem a necessidade da ação no TAS.
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Hasta la vista.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

WOLFMOTHER

Nada como começar a semana com o bom e velho rock n' roll.
Conhecem o Wolfmother? Não?
Pois eles formam um power trio de responsa, ao estilo das antigas, inspirados no rock setentista de bandas como Black Sabbath e Led Zeppelin. Reparem como a voz de Andrew Stockdale lembra a do jovem Ozzy dos tempos do Sabbath.
Essa molecada se juntou em Erkineville, subúrbio de Sidney, Austrália, em 2003, e até agora só lançou um album de estúdio, o homônimo "wolfmother", em 2005. O FAIR PLAY indica.

Formação: Andrew Stockdale (guitarra e vocal), Chris Ross (baixo e teclados) e Miles Heskett (bateria).

Curta um pouquinho do som do Wolfmother no video abaixo.

Com vocês, Wolfmother em "Joker and the thief", contando com a participação da impagável e mais que bizarra turma do Jack Ass.


HERANÇA MALDITA


Jogo esquisito este de São Januário. Apesar da goleada de 5 x 1 sobre o Cabofriense, o grande nome da partida fora o goleiro Tiago, que desta vez, apareceu mesmo como goleiro. A defesa do Vasco continua entregando, mas o ataque deu o ar da graça ontem. Motivo de preocupação na colina: Wagner Diniz, principal arma ofensiva do time, saiu lesionado com suspeita de estiramento muscular.
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Ainda em ritmo de carnaval, um Botafogo desentrosado e cheio de reservas foi derrotado pelo Madureira no Engenhão. Foi a segunda derrota no estádio após 13 partidas. Cuca trabalha, não peca pela omissão. Promete nesta segunda-feira, apresentar relatório à diretoria sobre todo o trabalho realizado até então neste início de temporada, analisando jogador por jogador.
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Decididos os semi-finalistas da Taça GB: Flamengo x Vasco e Fluminense x Botafogo.
Quanta surpresa!
Ninguém imaginava!
Nem Alfred Hitchcok poderia reproduzir nas telas de cinema um suspense tão intrigante como este, de quem seriam os semi-finalistas do 1°turno deste patético campeonato carioca.
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Pensava que o "Caixão 2002", ou "Me engana que eu gosto de 2002", se preferirem, seria inigualável em seu posto de pior campeonato carioca da história recente. Fora realizado quase que em silmultâneo com a Copa do Mundo de 2002 Coréia/Japão. Não é difícil imaginar qual foi a repercussão desta competição: Nenhuma.
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Mas a velha dinastia que por muitos anos dominou a FERJ, criou raízes fortes. Tão fortes que neste ano de 2008, conseguiram formatar um estadual tão risível, ou mais, quanto o Caixão 2002. Quando pensávamos termos nos livrado do Mestre dos Magos, seu pupilo e cartolagem clubística, me aparecem com um campeonato com, pasmem, 16 clubes. Sendo que os pequenos ao enfrentarem os quatro grandes, jogam fora de casa incondicionalmente.
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Ignoram todos, que a imprevisibilidade é item fundamental e fomentador de interesse em qualquer tipo de entretenimento. Praticamente, acabaram-se com as "zebras". Se não acabaram, no mínimo inventaram uma medida profilática a fim de evitá-las ao máximo. Isto tudo sem falar no aviltante aumento de preços dos ingressos proposto antes do campeonato(?).
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Aonde quer que o Caixa D'água esteja, ele está a gargalhar de todos nós...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

RIVALIDADES


FLA 1 x 4 FLU

Uma vez que o Flamengo jogou com onze reservas, e o Fluminense com um time misto, podemos considerar que a partida foi animada e prendeu a atenção do torcedor. O jogo vinha muito parelho até o Flamengo abrir o placar no início do 2° tempo. A partir daí, Thiago Neves resolveu acabar com o jogo e desequilibrou. Seu terceiro gol foi um dos mais bonitos da temporada até então. A diferença técnica e física entre Thiago Neves e todos os outros jogadores em campo era abissal. O cara sobrou na turma. Não se pode dizer que Diego falhou no primeiro gol, mas com certeza aceitou uma bola defensável. Apesar do golpe de vista no segundo gol, mesmo que pulasse, seria só para sair na fotografia. Péssima atuação de Thiago Sales. Marcio Braga, Kléber Leite, Isaías Tinoco, Joel Santana, ou quem mais possa fazer alguma coisa: Colace não cola. Parabéns ao Fluminense e a sua torcida. Vitória mais do que justa.
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MANCHESTER UNITED 1 X 2 MANCHESTER CITY

Num raro dia de sol na cinzenta Manchester, o United caiu na arapuca armada pelo City, que bem postado em sua defesa, só saía na boa. Foi assim que encaixaram contra-ataques certeiros que redundaram nos dois gols, e seguraram bravamente o ímpeto ofensivo de Cristiano Ronaldo, Tevez e cia. Elano, suspenso, não jogou pelo City. Quando o United reagiu era tarde demais. Um tabu de 34 anos sem vitórias do City no Old Trafford foi quebrado. Os Red Devils perderam boa chance de encostar no Arsenal, que se ganhar do Blackburn amanhã, abrem importante vantagem sobre o segundo colocado nesta reta final do campeonato inglês. Os Gunners agradecem. Mais de 75 mil pessoas hoje no Old Trafford. A Premier League é um espetáculo.
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SÃO PAULO 3 x 2 SANTOS

O Plantel superior do São Paulo prevaleceu em face do Santos neste clássico de muitos gols e pouco público. A torcida carioca vem dando show na paulista. O São Paulo voltou ao G4 com a vitória sobre o Peixe. Carlos Alberto marcou o gol da vitória contra o Santos de seu desafeto Leão.
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VITÓRIA 0 x 2 BAHIA

No Barradão, o Bahia venceu o primeiro Ba-Vi do ano, e disparou na liderança do campeonato.
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AVAÍ 0 x 3 FIGUEIRENSE

O emergente Figueira goleou seu arqui-rival da ilha dentro da Ressacada e retomou a disputa pelo turno do campeonato catarinense.