sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

"GAZZA"





















E os ingleses continuam os mesmos. Mas por algumas das determinações da cartilha recém imposta por Fabio Capello nas concentrações da seleção inglesa, a coisa estava mesmo off-limits com Steve McLaren no comando. Dentre outras determinações mais normais, se destacam as seguintes:
-Nenhum atraso será tolerado (Logo lá? Na terra da pontualidade?)
-Está suspenso o serviço de quarto (Dizem que rolava até Whisky)
-Estão proibidas as visitas de parentes e procuradores no ambiente de concentração.

Não é difícil entender o motivo pelo qual os Ingleses ficam renegados ao papel de meros coadjuvantes em tudo o que disputam. Também não deixa de ser um grande paradoxo, visto que a Inglaterra, na minha opinião, tem o melhor e mais profissional campeonato nacional do mundo. A Premier League é um verdadeiro barato. Em cores, torcidas, competitividade, organização e profissionalismo, e sobretudo, futebol de alto nível. Um show de entretenimento. Não é de se estranhar, a verdadeira fortuna que os clubes ingleses recebem pelo licenciamento das transmissões das partidas pela TV. O que acontece com esses caras quando se reúnem para representar o English Team ?
Não sei. O que eu sei, é que eles piram o Kbeção...tradicionalmente.

Numa época em que até bem pouco tempo, o grande ídolo do futebol inglês era um jogador de pouca bola, um craque fabricado pela mídia festiva, a fanfarronice dos jogadores ingleses em sua seleção me fez lembrar de um jogador de um passado um pouquinho mais distante: Paul Gascoigne, o “Gazza”, para seus inúmeros fãs e admiradores. Porra-lôka como seus compatriotas futebolistas, mas um craque na maior acepção da palavra. Um monstro, que em virtude de sua personalidade controvertida e vida desregrada, não alcançou o posto que lhe estava reservado na galeria dos grandes gênios do futebol mundial. Um bad boy dos gramados, mas provido de toda autenticidade.

Revelado pelo Newcastle, explodiu no Tottenham Hotspurs. Foi contratado pelo Lazio, numa época em que, sem a menor sombra de dúvidas, o Campeonato Italiano era disparado o mais importante do mundo. Atuou também no Glasgow Rangers, no Everton, e encerrou a carreira no Burnley, aonde fez só quatro jogos. Disputou só uma Copa do Mundo, a de 1990. Nesta oportunidade, “Gazza” protagonizou uma cena inesquecível, que contou coma participação de um personagem brasileiro, o árbitro José Roberto Wright. Na semi-final contra a Alemanha, Wright aplicou em Gascoigne um cartão amarelo que o tiraria da grande final, se a Inglaterra vencesse. “Gazza” chorou copiosamente em campo, com a bola em jogo e diante das câmeras. Foi comovente. Jogava com raça. Ambidestro, seu estilo combinava um misto de força física e técnica refinada, que lhe permitia arrancar com o domínio da bola por boa parte do campo aguentando todo o tipo de trancos e trombadas dos viris zagueiros ingleses e europeus em geral, sem lhe faltar no momento derradeiro, resistência e equilíbrio para o arremate certeiro às redes.

Assim como Dodô, Gascoigne tinha a agradável mania de fazer belos gols. Para a rapaziada mais nova que não viu o “Gazza” atuar, e para os que têm saudades deste interessante personagem do mundo da bola, vale a pena dar uma conferida no video. Ao som do The Verve, curta um pouco da irreverência e do belo futebol do craque inglês.

Paul Gascoigne, o “Gazza”: um ídolo do esporte bretão.



Vez por outra, usarei este espaço em reverência a grandes craques do passado

2 comentários:

Anônimo disse...

HaHaHa...essa foto é hilária...muito bom

Anônimo disse...

good times...