Fluminense 6 x 0 Arsenal de Sarandi
Foi um baile tricolor, uma apresentação inesquecível para os cerca de 35 mil torcedores que foram ver o Fluminense arrasar o Arsenal de Sarandi por 6 a 0, com 3 gols em cada tempo -Dodô(2), Thiago Neves, Gabriel, Washington e Cícero.
Há muito que eu não via uma apresentação tão expressiva de um time. Desde o início da partida, o Fluminense dispensou os floreios e estudos iniciais e partiu pra cima do Arsenal como se o primeiro minuto de jogo fosse o último.
Como se dizia nas antigas, todos jogaram bem, “do goleiro ao ponta-esquerda”. Mas é impossível não destacar a apresentação de gala de Dodô, autor de dois golaços, um deles antológico. Contudo, atribuir a bela vitória do Fluminense só à exuberante partida feita por Dodô seria injusto. O que falar da cobrança de falta perfeita de Thiago Neves? Ou da atuação redentora de Junior Cesar? Ou da categoria de Gabriel ao encobrir o goleiro argentino no terceiro gol? E Conca? Um maestro. Para mim, depois de Dodô, o melhor da noite. Conca fora autor de passes preciosos, que partiam dali, da faixa de campo reservada aos autênticos criadores, aqueles que trazem o lado lúdico da arte para o futebol. Dividindo a responsabilidade da criação com Conca, Thiago Neves também encontra seu melhor lugar no meio de campo. Agora atuando como 3°homem - fazendo o tricolor das laranjeiras fugir da obviedade em que se encontrava quando o único sopro de criação do time residia em seu pés-, acredito que Thiago vá ocupar definitivamente o posto que lhe está reservado na galeria de craques tricolores.
Quis o destino, que a saída repentina de Leandro Amaral do clube fosse a deixa para Renato Gaúcho encaixar o esquema tático ideal para o Fluminense. Analisando sua entrevista coletiva após o jogo, Renato me pareceu convicto de que encontrara a melhor maneira de jogar para o time. E não era para menos. Ficou evidente até para o teimoso Renato, que a equipe fica mais equilibrada com dois meia-armadores.
O Fluminense após 23 anos de ausência na Taça Libertadores da América, voltou de maneira esplendorosa à competição. A torcida compareceu, fez uma belíssima festa, resgatou a tradição do pó de arroz nas arquibancadas e empurrou seu time -que correspondeu à altura-do início ao fim.
Prenúncio da formação de uma grande equipe.
São Paulo 2 x 1 Audax Italiano
Assim como no ano passado, o Audax Italiano do ótimo Villanueva se mostrou um osso duro de roer para o São Paulo, mas o tricolor do Morumbi venceu de virada, em noite de dois gols do imperador Adriano.
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O técnico Muricy Ramalho deu mais uma prova de sua predileção por jogadores versáteis, e improvisou escalando o atacante contratado Éder Luís como meia, e o cabeça de área Zé Luis como lateral direito.
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O São Paulo, já durante o 1°tempo, se mostrava disposto a não perder pontos em casa para o Audax. É bom que Joílson vá se acostumando com o banco de reservas, pois foi dos pés de Zé Luís -que teve grande atuação-, que partiram as melhores jogadas do time através de cruzamentos da ponta-direita que invariavelmente encontravam os atacantes na área em condições de abrir o placar. Numa dessas jogadas, Villanueva salvou gol certo do São Paulo em cima da linha, aos 12 minutos da 1ªetapa. Esta se mostrava a melhor forma de o São Paulo penetrar na retranca armada pelo time chileno, que veio ao Brasil nitidamente para conseguir um empate. Jorge Wagner também arriscava chutes de longa distância, que eram defendidos pelo goleiro Villasanti, como aos 25 e aos 43 minutos do 1°tempo. Mas a melhor chance até então, aconteceu nos acréscimos, com um chute cruzado do Imperador Adriano que raspou a trave.
Após resistir as investidas são paulinas na etapa inicial, o Audax Italiano decidiu se lançar mais ao ataque no 2°tempo, sempre através de Villanueva. E foi assim, bem ao seu estilo, que o ótimo jogador chileno abriu o placar -para a surpresa dos quase 30 mil presentes- com um chute colocado, tirando a bola do alcance das mãos de Rogério Ceni e calando o Morumbi.
Aos seis minutos, aconteceu o lance crucial da partida. Rocco foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo por falta em Adriano. Muricy colocou seu time à frente e substituiu Fábio Santos pelo atacante Aloísio, tentando aproveitar sua vantagem numérica. E foi com mais um cruzamento da direita, que Adriano empatou o jogo com uma cabeçada para o chão como manda o figurino de um bom centroavante. 1 a 1.
Coube ao Imperador Adriano, marcar o gol da virada e que selou a vitória do São Paulo, aproveitando rebatida de Villasanti após chute de Hernanes. Festa no Morumbi. Após uma semana conturbada, Adriano mostrou mais uma vez todo o seu poder de fogo, e segue em sua luta de recuperar a carreira vestindo a camisa tricolor.
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Parabéns para o São Paulo, que teve forças para superar o placar adverso através de um volume de jogo intenso, e da organização tática do excelente treinador Muricy Ramalho.
8 comentários:
Foi mesmo um baile do Fluminense pra cima do Arsenal. Coitado do Julio Grondona. Foi dormir de cabeça inchada rrssssss.
Bela análise Rod, mas pqp que time horroroso esse do Arsenal. Os caras não sabem trocar três passes mesmo com a defesa do fluminense toda aberta. E o goleiro? Que que é aquilo? O Thadeu Schimdt, hoje no Bom Dia Brasil, ainda teve a cara-de-pau de dizer que o time do Arsenal é bom. Se aquilo é ser bom , o que é ser ruim?
Já sabe alguma coisa sobre a adesão à FLA-TV? Tem sido boa? Quantos assinantes já temos?
Rod, no título do blog saiu LIBE TADORES em vez de LIBER TADORES. Faltou o R.
Diogo-CRf, obrigado, valeu mesmo. Vou corigir já já. Se você não tivesse falado eu não notaria.
Quanto ao Arsenal, sem tirar o mérito da estupenda apresentação do Fluminense -que foi bonita de ver-, confesso que também fiquei decepcionado Com o Arsenal de Sarandi. Com título de sulamericana e tudo, ainda assim é muito fraquinho, inofensivo.
Sobre a FlaTV, não tenho estas informações. Sabendo de alguma coisa, eu te falo.
Um abraço, e mais uma vez obrigado.
Rod.
Só mais uma coisa Diogo:
RUMO À YOKOHAMA 2008 !!!
VAMO QUE VAMO HOJE CONTRA O NACIONAL!
abraço.
Vamo que vamo. Avante Nação!
Vamo que vamo!
Avante Nação!
Se o são paulo não quiser manda o joílson de volta pra G. Severiano
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